Durante a edição do Jornal Hoje desta sexta-feira (23), César Tralli protagonizou um momento comovente ao compartilhar, ao vivo, uma lembrança sobre a irmã Gabriela, que viveu com deficiência intelectual. A fala do jornalista veio após uma reportagem que escancarou uma dura realidade: o altíssimo índice de analfabetismo entre pessoas com deficiência no Brasil.
Visivelmente emocionado, Tralli abriu o coração ao relembrar os desafios que a própria família enfrentou na busca por dignidade, acolhimento e educação para Gabriela, que faleceu em 2018. “É impressionante como as portas costumam ficar mais fechadas do que abertas. Aí, é um esforço da família para abrir alguma porta. Quem tem um filho ou parente assim, sabe quem como é. Eu tive uma irmã com deficiência física e intelectual“, desabafou.
O jornalista contou que sua mãe, Edna Tralli, travou uma verdadeira batalha para encontrar uma escola que aceitasse Gabriela. E, mesmo quando essa oportunidade finalmente surgiu, os desafios não cessaram, mas também vieram conquistas que mudaram tudo. Gabriela não só conseguiu estudar, como também trabalhou na biblioteca da instituição. Assista:
Simplesmente apaixonada por Cesar Tralli falando sobre dignidade das pessoas com deficiência no Jornal Hoje.
Que homem meu Deus… que homem… pic.twitter.com/kfSSQdehKK
— Babi™️ (@babi) May 23, 2025
“Ela chegou a ser registrada, ganhou meio salário mínimo por mês. A dignidade que você traz para esse ser especial e para a família não tem nada no mundo que pague“, reforçou Tralli. E acrescentou: “Quem aceita uma pessoa assim com deficiência vai se tornar um ser humano muito melhor. Vai ser educado a saber tratar com amor, carinho e respeito“.
Segundo o portal Estrelando, ele também se emocionou no início da semana ao comentar uma matéria sobre um projeto esportivo inclusivo voltado para pessoas com autismo e síndrome de Down. Na ocasião, mais uma vez fez questão de lembrar da irmã e destacar o quanto a inclusão transforma não só quem é acolhido, mas também quem acolhe.
“A minha irmã foi muito feliz, exatamente porque ela estudou, conseguiu estudar numa escola dita normal, né? Trabalhou numa biblioteca, ganhava meio salário mínimo. Então, assim, para ela, para família, era uma felicidade. Então a gente vê isso no esporte também, é muito bonito“, disse.
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