Corpo de Juliana Marins é levado para autópsia, e vice-governadora aponta desejo da família

A jovem foi encontrada nesta terça (24), após permanecer presa por quase quatro dias em uma encosta de difícil acesso

O corpo de Juliana Marins será transferido nesta quinta-feira (26) para a cidade de Denpasar, em Bali, onde será submetido a uma autópsia. A brasileira de 26 anos foi encontrada morta na terça-feira (24), três dias após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A expectativa é de que o exame aponte a causa e o horário da morte, mas ainda não há previsão para a divulgação do resultado.

De acordo com a agência de notícias Antara, o médico legista responsável pela autópsia, inicialmente marcada para ocorrer no hospital Bhayangkara Mataram, precisou se deslocar para outra região.

“A autópsia acontecerá em Bali. Procuramos a opção mais próxima, que é Denpasar. Eles [a família de Juliana] querem saber o horário da morte”, disse Indah Dhamayanti Putri, vice-governadora da província de West Nusa Tenggara.

Acidente com Juliana aconteceu na sexta-feira (20), e ela só foi encontrada nesta terça (24) (Foto: Reprodução/Instagram)

Juliana desapareceu durante uma trilha no segundo maior vulcão da Indonésia, e relatos iniciais indicavam que ela teria sido ouvida gritando após a queda. Isso levantou a hipótese de que estivesse viva por algumas horas. No entanto, o corpo foi localizado por um drone na segunda-feira (23), já sem sinais de movimento. As equipes de resgate enfrentaram dificuldades por causa do terreno íngreme e das condições climáticas.

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O diretor da agência nacional de busca e salvamento da Indonésia, Mohammad Syafi’i, se reuniu com a família da publicitária na noite desta quarta (25) para detalhar os obstáculos do resgate, que durou quase 15 horas. Segundo ele, Juliana foi encontrada cerca de 600 metros abaixo da trilha. O uso de helicópteros foi descartado devido ao mau tempo, e os agentes precisaram instalar diversos pontos de ancoragem nas rochas para conseguir descer.

Juliana Marins com o pai, a mãe e a irmã, durante viagem em família. (Foto: Reprodução/Instagram)

“Após a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de repatriação ou procedimentos posteriores ficarão a cargo das autoridades e da família”, afirmou Syafi’i, em entrevista a uma emissora local.

Na manhã desta quinta (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em contato por telefone com os familiares da jovem. Lula disse ter solicitado ao Itamaraty que ofereça assistência à família, incluindo o apoio necessário para trazer o corpo de Juliana de volta ao Brasil. “Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, declarou o presidente da República, em um post nas redes sociais.

A viagem deve ocorrer após a conclusão da autópsia e da emissão dos documentos necessários.

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“Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado Juliana ainda estaria viva. Juliana merecia muito mais. Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana”, lamentou a família em publicação no perfil Resgate Juliana Martins no Instagram.

A jovem era apaixonada por viagens. (Foto: Reprodução/Instagram)

Natural do Rio de Janeiro, a jovem era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e morava em Niterói, na Região Metropolitana.

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