Um repórter que estava presente no julgamento de Sean “Diddy” Combs revelou ao E! News como o rapper reagiu ao depoimento de Cassie Ventura, sua ex-namorada. A cantora é a peça-chave nas investigações, e detalhou episódios em que acusa Diddy de agressão e estupro. Ela também relatou situações chocantes que aconteceram nas orgias do músico, as chamadas freak-offs.
Conforme o repórter, Diddy “está concentrado” em seu julgamento e ficou “muito envolvido” no interrogatório de Cassie. Como informado, o réu foi visto “se inclinando sobre um monitor do tribunal para ler a transcrição do depoimento de Ventura”. Além disso, o magnata do rap teria passado bilhetes para sua equipe de defesa.
O E! ainda revelou como as filhas de Combs foram impactadas pelo testemunho de Cassie. Compareceram no tribunal Chance, de 19 anos, D’Lila e Jessie, ambas de 18, por serem consideradas maiores de idade.
Segundo o site, durante os primeiros dias das audiências, elas deixaram o tribunal ao menos duas vezes diante do “conteúdo gráfico e perturbador” apresentado no caso. O trio também teria se retirado do local nos trechos explícitos do depoimento de Daniel Phillip, dançarino que relatou ter sido contratado por Diddy para manter relações sexuais com Cassie.

Phillip descreveu que Combs se masturbava enquanto assistia ao ato, cena que teria motivado a saída de Chance, D’Lila e Jessie. Outro momento de grande impacto foi a exibição do vídeo em que o rapper aparece agredindo Ventura em um hotel na Califórnia, em 2016.
De acordo com a People, as filhas e a mãe do vencedor do Grammy permaneceram na sala, mas evitaram olhar para a tela. No entanto, os filhos homens de Combs supostamente continuaram assistindo às imagens.
[Atenção! Imagens fortes] Veja os vídeos divulgados:
CNN has obtained footage of Diddy physically assaulting Cassie at a hotel in 2016.
(https://t.co/15i1iDIvPR) pic.twitter.com/W812v4Pk3i
— Pop Base (@PopBase) May 17, 2024
Sean “Diddy” Combs está respondendo por cinco acusações, sendo elas de conspiração de extorsão, tráfico sexual e transporte para fins de prostituição. Os primeiros dias do julgamento, porém, focaram em duas denunciantes: Cassie, com quem ele namorou de 2007 a 2018, e uma mulher, que se relacionou com o rapper em 2020.
Ventura argumentou que o cantor a agrediu por diversas vezes ao longo do relacionamento. Ela narrou, ainda, a rotina de violência física, sexual e psicológica. “Ele bateu com força na minha cabeça, me arrastou pelo chão, me chutou, pisou na minha cabeça”, relatou a artista ao júri.
Ela também abordou as festas polêmicas promovidas por Diddy, com profissionais do sexo e o uso frequente de drogas e álcool. Segundo Cassie, ela teria sido obrigada a participar de uma que durou quatro dias. “Minha vida era participar dos freak-offs, me recuperar dos freak-offs, ser abusada ou tentar evitar os abusos”, descreveu.
A voz de “Me & You” destacou que era coagida a participar dessas festas e temia pela reação do rapper. “Chegou a um ponto em que eu não sentia que tinha muita escolha”, disse. Ventura afirmou que o ex-companheiro tinha comportamentos instáveis e violentos, e que às vezes a agredia por razões banais, como “fazer uma expressão errada” ou “dar uma resposta”.
“A melhor forma de descrever é que os olhos dele ficavam pretos. A versão dele por quem eu me apaixonei não existia mais”, desabafou ela, em meio ao choro. Grávida de oito meses, Cassie precisou até pedir que interrompessem o julgamento por um período após a defesa de Diddy expor conversas íntimas deles.
