MC Poze do Rodo foi preso nesta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro. O mandado de prisão temporária foi cumprido na mansão dele, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Ele é investigado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas.
De acordo com as investigações, o cantor, cujo nome é Marlon Brandon Coelho Couto, realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV), com a presença ostensiva de traficantes armados com fuzis, a fim de “segurança” do artista e do evento. Ao chegar à Cidade da Polícia, Poze declarou: “Quando eu tiver oportunidade de falar, eu falo“.
Ao g1, o advogado Fernando Henrique Cardoso Neves informou que se trata de “uma narrativa antiga”: “Queremos entender o motivo dessa nova prisão. Essa é uma narrativa já antiga. Se ele não for liberado, vamos entrar com um habeas corpus“. O momento da prisão na mansão do cantor – onde ele não apresentou resistência – e a chegada dele à delegacia foram registradas pela Polícia Civil e a imprensa.
Confira:
Exclusivo: Vídeo mostra momento exato da prisão de MC Poze do Rodo no Rio pic.twitter.com/MATs6oOe43
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Poze do Rodo foi preso nesta manhã acusado de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico (comando vermelho) pic.twitter.com/AFPGBA1VwV
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🚨VEJA: Novo ângulo do momento em que MC Poze do Rodo foi preso por apologia ao crime, no Rio. pic.twitter.com/jbwXb7a60K
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Envolvimento com CV
Conforme a DRE, o repertório das músicas de Poze “faz clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo” e “incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes“. A delegacia afirmou que os shows do MC são estrategicamente utilizados pela facção “para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes“.
“A Polícia Civil reforça que as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e os financiadores diretos dos eventos criminosos“, declarou a corporação, em nota ao hugogloss.com.
Um desses eventos foi realizado no dia 19 de maio deste ano, na comunidade da Cidade de Deus, com a presença de diversos traficantes armados, segundo o governo do estado. O show, no qual o cantor entoou diversas músicas enaltecendo a facção criminosa, ocorreu poucas horas antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma operação policial na comunidade.
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