Criminosos envolvidos em assalto milionário a Kim Kardashian são condenados em Paris; empresária se manifesta

A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (23)

Nesta sexta-feira (23), foi concluído o julgamento do roubo das joias de Kim Kardashian, avaliado em US$ 10 milhões, ocorrido em um hotel de luxo em Paris, em 2016. Dos dez réus, oito foram condenados e dois absolvidos.

O caso envolvia nove homens e uma mulher, acusados de planejar e executar o assalto durante a Semana de Moda de Paris. De acordo com o relato da empresária, dois homens mascarados, disfarçados de policiais, renderam o porteiro do Hôtel de Pourtalès, invadiram sua suíte, a amarraram com braçadeiras plásticas e fita adesiva e a trancaram no banheiro. Em seguida, fugiram com diversas joias, incluindo o anel de noivado de diamantes avaliado em US$ 4 milhões, dado por Kanye West, seu marido na época.

Segundo o TMZ, o julgamento foi conduzido por três juízes e acompanhado por seis jurados. Para cada veredito, eram necessários ao menos sete votos. As decisões foram anunciadas por volta das 14h (horário local).

O suposto líder da quadrilha, Aomar “Velho Omar” Ait Kedache, de 69 anos, foi condenado a oito anos de prisão, com cinco anos de pena suspensa. Outros três réus, incluindo Marc Boyer (o mais jovem do grupo, com 35 anos e ex-motorista da família Kardashian), receberam sentenças de sete anos, também com cinco anos suspensos.

Kim Kardashian chegou acompanhada pela mãe, Kris Jenner, para prestar depoimento na terça-feira (13). (Foto: Getty)

De acordo com a Associated Press, nenhum dos condenados cumprirá pena adicional na prisão, pois o tempo já passado em detenção preventiva, desde 2016, cobre as sentenças. A idade avançada dos réus, a maioria entre 60 e 70 anos, e o histórico de reincidência também influenciaram nas decisões judiciais. Os condenados têm dez dias para recorrer.

Apesar das prisões terem ocorrido poucos meses após o crime, o caso levou quase uma década para chegar aos tribunais. Na semana passada, Kim prestou um depoimento impactante, relembrando os momentos de terror.

O quarto em que o crime aconteceu, em 2016. (Foto: Reprodução/TF1)

Ela contou que usava apenas um roupão quando, por volta das 3h da manhã, os invasores entraram em sua suíte. “Ele agarrou minhas pernas e me puxou. Eu estava nua e totalmente exposta”, disse ela. “Eu tinha certeza de que seria estuprada. Eu tinha absoluta certeza de que ia morrer”, desabafou. No entanto, os assaltantes deixaram o local levando apenas seus pertences.

Um dos envolvidos chegou a escrever um livro sobre o crime, intitulado “Eu Sequestrei Kim Kardashian”. Na noite do roubo, ele fugiu de bicicleta, mas caiu após furar um pneu, deixando joias espalhadas pela rua. Ele recolheu o que conseguiu e fugiu. Horas depois, uma mulher encontrou um colar de diamantes avaliado em US$ 24 mil, o usou sem saber da origem, e só depois devolveu à polícia. Esse colar foi o único item recuperado.

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Kim se manifesta

Após a divulgação do veredito, Kim se pronunciou. Em comunicado, a empresária agradeceu às autoridades francesas por tratarem o caso com seriedade e por garantirem a condenação dos responsáveis.

“O crime foi a experiência mais aterrorizante da minha vida, deixando um impacto duradouro em mim e na minha família. Embora eu nunca vá esquecer o que aconteceu, acredito no poder do crescimento e da responsabilidade, e rezo por cura para todos. Continuo comprometida com a defesa da justiça e com a promoção de um sistema legal justo”, declarou a Kardashian.

Sua equipe jurídica — formada por Michael Rhodes, Léonor Hennerick e Jonathan Mattout — também divulgou um comunicado, destacando a coragem de Kim ao enfrentar os criminosos e ressaltando que ela valoriza a decisão do tribunal. Segundo os advogados, Kim espera poder, finalmente, deixar esse episódio para trás, enquanto segue atuando em prol da justiça criminal.

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