Rico Melquiades revelou por que se reservou ao direito de permanecer calado por pelo menos 12 vezes ao longo de mais de duas horas de depoimento na CPI das Bets. Em entrevista à repórter Rafaella Santos, do portal Leo Dias, o influenciador explicou que apenas não respondeu perguntas relacionadas a um processo que corre em segredo de Justiça, em Alagoas. Ele também afirmou ter se sentido “desconfortável” por jogar ao vivo durante a oitiva.
Questionado sobre o depoimento logo após a sessão no Senado Federal, Melquiades comentou: “A experiência é bem angustiante. Eu estou até agora meio nervoso, estou nervoso. Eu colaborei bastante, falei tudo o que me perguntaram“. Em seguida, ele disse que se manteve em silêncio em questionamentos que envolvem a ação judicial.
“Só não falei coisas que estavam no meu processo, eu tenho um processo em Alagoas que está em segredo de Justiça. Então, sobre esse assunto eu não falava, por conta do segredo de Justiça. Mas o restante que me perguntavam, eu sempre estava disposto a falar e colaborar“, esclareceu.
Melquiades também afirmou ter se sentido desconfortável com o pedido dos parlamentares para jogar o chamado Jogo do Tigrinho ao vivo. “Eu joguei na hora, fiz o saque. Tudo o que me pediram foi feito. Eu não esperava que eles iam me fazer jogar na hora. Não foi tranquilo, eu estava desconfortável, mas aconteceu. Que bom que acabou, que deu tudo certo e eu não saí preso“, declarou.

Diante da CPI das Bets, Melquiades garantiu que vai continuar a fazer publicidade em suas redes sociais. “Eu vou ser bem sincero com vocês, enquanto for lei e eu estiver dentro da lei, não estou fazendo nada de errado. Estou fazendo o que a lei me permite, como cidadão, eu vou continuar fazendo“, pontuou.
Contudo, ele disse estar “reflexivo” sobre o assunto. “Estou um pouco reflexivo. Vou pensar? Vou. Mas estou dentro da lei. Não estou fazendo nada que seja fora da lei“, ressaltou.
Melquiades também falou sobre ter sentido um tratamento diferente de Virginia Fonseca na CPI. “Eu assisti à Virginia. Eu nunca tinha acompanhado uma CPI. Como eu sabia que viria pra cá, eu pensei: ‘vou acompanhar pra ver como é’. E tive uma noção, mais ou menos, de como era. Por isso que eu falei que senti que o meu tratamento foi diferente“, explicou.
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